
Pois chegar ao número três é um passo importantíssimo pra essa realização. Sei lá, pode ser viagem minha, mas três discos me parecem um número decente, razoável o bastante pra me fazer sentir que tenho "uma obra". E, se agente parar pra pensar, é coisa pacas mesmo. Tanta banda nem chegou ao segundo. No meio independente, então, é tão cheio de gente que parou no primeiro. Ou que nunca lançou algo além de demos.
Por isso, não consigo deixar de ser muito entusiasmado com tudo o que rola relacionado à música independente. Selos, produtoras, festivais, rádios, sites. Tudo possibilita a vários artistas exatamente isso que está me deixando tão feliz: a chance de lançar seus trabalhos dignamente e formar um pequeno público. Alguns anos atrás, esses músicos estariam condenados a não serem conhecidos por ninguém além de seus amigos.
Por essa realização que começa a se conretizar agora, devo muitos agradecimentos. Além de meus parceiros (principalmente meu irmão-parceiro-sócio, Ju) e músicos que tocam e tocaram comigo, sou muito grato ao selo Senhor F. É foda demais fazer parte de um projeto que pensa em proporcionar uma carreira aos seus artistas, investindo neles com paciência, sem pressão de "dar certo". Poder gravar num belo estúdio e ter a produção do Philippe Seabra e contar com o Fernando Rosa pra conversar sobre o que estamos fazendo, pensar os próximos passos, pedir conselhos é um privilégio e tanto. Ah, como eu sei disso.
Agora, é torcer pra que o disco saia bonito. E que as músicas sejam boas. E que a gente consiga lançá-lo ainda este ano. E que alguém goste. :-)
PS: A imagem desse post é uma homenagem ao Glauco. "Como te chamas? Miguelito! Te chamavas!"