segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Muito obrigado



Chego hoje a Brasília. Escrevo do Aeroporto de Congonhas, enquanto espero meu voo, marcado para daqui a duas horas. Na memória, além de bons e relaxantes dias em São Paulo e no Rio de Janeiro, o show de Curitiba, no último dia 24. As lembranças me fazem ter certerza de uma coisa: o mundo virtual é legal, mas a realidade é fantástica.

Cada vez mais tranquilo com meus status de músico independente, agradeço todos os dias à internet, pelo contato que ela me proporciona com ouvintes, às vezes fãs. A certeza de que sou ouvido chega por meio de textos descobertos via Google, números que aumentam pouco a pouco em MySpaces, YouTubes e Tramas da vida, e-mails e comentários neste blog que me deixam feliz da vida. Algumas dezenas, talvez centenas, de pessoas que retornam os sinais lançados via mundo virtual.

Mas ter a chance de olhar, de um palco, uma pequena porção dessas pessoas, identificar seus rostos e tocar para elas é fenomenal. Como se fosse a confirmação de algo no qual acreditava, mas ainda tinha dúvidas.

Nossa participação no Festival Rock de Inverno 7 não poderia ter sido mais legal. Bom, talvez se o frio não tivesse me deixado gripado e com a voz abalada, ou se eu não ficasse nervoso e tivesse acertado todos os acordes de 'Abre a janela' (uma espécie de bis na apresentação), teria sido melhor. Mas esses detalhes pouco importam. Ver minhas expectativas de tocar para quase ninguém, pelo fato de sermos a última banda do primeiro dia, serem desfeitas quando começamos o show foi muito recompensador.

O que resta, além das lembranças bacaníssimas, é a vontade de agradecer, com sinceridade, ao Ivan e a Adri, pelo convite, ao Luigi e equipe, pelo tratamento e som de primeira, aos músicos que me acompanharam nessa festa, às bandas que subiram para cantar 'Gloria' com a gente e a quem esperou, cantou junto e pediu pra ouvir essa ou aquela canção.

Eu andava bastante inseguro com shows desde que tocamos em Belo Horizonte, em um lugar cheio de gente, mas com a grande maioria dos presentes nos ignorando. Curitiba lavou minha alma. Aquele pequeno punhado de gente me fez achar que a coisa toda é de verdade e que vale muito à pena. Que venham outros. Mesmo que demorem, não há problema. Aprendi a esperar e a aproveitar esses bons momentos. Ainda bem.

Beijos.