Leiam a resenha sobre o disco 'Dias mais tranqüilos' publicada na seção Guia da edição de setembro, assinada por Rodrigo Arijon. Cotação: 3 estrelas.
Poeta indie de Brasília segue desacelerando em segundo disco
Há alguns anos, Beto Só não era sozinho. Com Os Solitários Incríveis, foi destaque do folk rock brasiliense com hits como 'Isadora' e 'Poema Rejeitado'. Surgia então um possível sucessor do Legião Urbana. Em carreira solo, a perda da coletividade refletiu-se em uma pegada menos roqueira, focando em letras ainda mais intimistas. Neste seu segundo álbum, Beto segue a busca por versos simples e intensos sobre o coração e o cotidiano, com instrumental e melodias mais bem elaboaradas e precisas. De início, ilustra a carreira indie em 'Vida Boa Não É Vida Ganha' ("O caminho é longo / mas não tenho pressa"), irresistível vestígio da fase anterior. Delicadamente raivosa, 'Abre a janela' é 'Perfect Day' com segundas intenções. A tristeza do bardo do cerrado predomina, mas as guitarras surgem no decorrer do disco, que se encerra com a otimista 'Com Leite e Café'. Haverá previsão de sol para Beto Só?